[...]
De facto, o conhecimento que temos de nós proprios é bastante importante no conhecimento que temos do exterior ("...cada um tem espontaneamente tendência a ver o seu próprio reflexo no mundo."), o que facilita a adopção de uma atitude etnocentrica que deve ser evitada.
Para compreender qualquer cultura é necessario saber aceita-la como normal e analisar o que lhe é envolvente. Assim, uma realidade apresenta-se diferente quando estudada por diferentes ciências, uma vez que estas se focam em diferentes aspectos. Devemos aceitar qualquer forma de vida pois, no seu intimo, verificar-se-ão aspectos que conduziram "a isso".
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Na nossa sociedade rotulamos as pessoas como "desviantes" só porque estas não cumprem as normas (sociais) estabelecidas, normas essas que quando criadas não "se" preocupam com o efeito que terão. Passamos a vida a limitar comportamentos porque a sociedade condena esta ou aquela atitude. Limitamo-nos mesmo quando não concordamos, mesmo quando uma parte significativa da sociedade não concorda com o instituido, esta não luta com receio de "ficar mal vista". Não devemos ignorar as categorias de pensamento instituidas mas não devemos ter medo de ir contra elas se assim o acharmos necessário.
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Ao estudarmos as relações sociais deparar-nos-emos com relações "crueis" que ignoram os interesses ou direitos de uma classe em deterimento de outra.[...] É ainda necessário ter em conta que, ao analisarmos uma acção colectiva estamoa a analisar uma acção complexa, essencialmente porque uma acção colectiva envolve vários sujeitos que trabalham com um mesmo objectivo. Deste modo, uma acção colectiva não tem lugar em si mesma, mas antes na acção de individuos que a constituem, não é boa nem má por natureza, mas antes pelas condições sociais em que se desenvolve.
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[...] faz-nos reflectir sobre a vida, as pessoas, as acções, as relações do mundo de hoje e de sempre. Os juizos que formulamos, as atitudes que assumimos, as vontades que demonstramos, não são acções singulares e de pouca importância, são acções que constroem a nossa realidade, boa ou má...[...] Talvez se todos reflectissemos sobre alguns dos aspectos lançados neste livro o mundo se tornasse um pouco melhor, afinal somos nós que criamos a realidade, logo só nós a podemos mudar. Resta-me perguntar quando, ou mesmo se algum dia, seremos capazes de o fazer..."Somos sentimentais, em particular, quando recusamos estudar certos assuntos porque preferimos ignorar o que se passa em vez de corrermos o risco de, ao saber-lo, pormos em causa uma qualquer das nossas afeições de que, talvez, não tenhamos nós proprios consciencia.". Critico fortemente a sociedade, mas sei que, ao faze-lo, me critco também a mim, talvez de uma forma mais severa.
[Excerto do comentário da obra Introdução à análise dos fenómenos sociais, trabalho de Introdução às Ciências Sociais no 1ºano]
*Kiss*
terça-feira, abril 04, 2006
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2 comentários:
Tao linda!!!!
A minha menina já no primeiro ano era tao inteligentiiiiiiii
é tao bom fazer o meu curso e o teu ao mesmo tempo! loli
Já sabia isso tudo que li,sabias?
Sou mesmo esperta!
Ahah, eu também já sabia, ahahaha!! Dalila, ser jornalista é muito à frente....:P
Bigada pelo comentário!!!=P
beijos
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