As cores eram preto e castanho, um preto com riscos de vermelho e um castanho suave e agressivo. No fundo a imagem parecia mais escura do que aquilo que realmente era, por dentro.
Pontos, muitos pontos, claros, médios e escuros, mas essencialmente escuros. Contornos desajustados, confusos mas perceptiveis.
"- Eu acho que ele não era para vir, mas depois falou com ela e lá de..."
"- Não sei...por acaso gostava de os ver, mas depois de tudo..."
"- Combinei ao pé do comboio.."
"- Não atende!"
"- Olha p'ra 'quilo meu..."
"- Nunca mais."
"- Eu queria mesmo era que viessem..."
"- Brunoooo..."
"- Eish há tanto tempo!"
17.55h
Pouca cor, muitos pontos, alguns contornos e uma música desafinada como fundo.
Cheirava a ansiedade, ansiedade para entrar num outro mundo.
Passavam carros, pessoas, "poeiras" e minutos, largos minutos. Lenta e calmamente os pontos misturavam-se, transformavam-se e íam trocando e avançando. Lenta e calmamente, como se nesses movimentos houvesse uma qualquer ciencia que obrigasse a movimentos controlados e milimétricamente acertados.
18.45h
No outro mundo o som é, com certeza, diferente. A imagem que se desenhava ansiosamente cá fora ía crescendo, continuando, na sua essencia, igual.
Pontos, muitos pontos, claros, médios e escuros, mas essencialmente escuros. Contornos desajustados, confusos mas perceptiveis.
"- Eu acho que ele não era para vir, mas depois falou com ela e lá de..."
"- Não sei...por acaso gostava de os ver, mas depois de tudo..."
"- Combinei ao pé do comboio.."
"- Não atende!"
"- Olha p'ra 'quilo meu..."
"- Nunca mais."
"- Eu queria mesmo era que viessem..."
"- Brunoooo..."
"- Eish há tanto tempo!"
17.55h
Pouca cor, muitos pontos, alguns contornos e uma música desafinada como fundo.
Cheirava a ansiedade, ansiedade para entrar num outro mundo.
Passavam carros, pessoas, "poeiras" e minutos, largos minutos. Lenta e calmamente os pontos misturavam-se, transformavam-se e íam trocando e avançando. Lenta e calmamente, como se nesses movimentos houvesse uma qualquer ciencia que obrigasse a movimentos controlados e milimétricamente acertados.
18.45h
No outro mundo o som é, com certeza, diferente. A imagem que se desenhava ansiosamente cá fora ía crescendo, continuando, na sua essencia, igual.
"- Assim nunca mais..."
"- Achas que ainda falta muito?""- Não sei mas os outros devem tar quase a acabar."
"- Epá epá...olha para isto!"
19.06h
"- Fodapiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...."
Como se não houvesse sitio melhor, guarda-se o que se pode nos sitios mais estranhos possiveis e prepara-se uma entrada rápida para o outro lado. Passados quase [mais] trinta minutos atinge-se o objectivo.
19.06h
"- Fodapiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...."
Como se não houvesse sitio melhor, guarda-se o que se pode nos sitios mais estranhos possiveis e prepara-se uma entrada rápida para o outro lado. Passados quase [mais] trinta minutos atinge-se o objectivo.
" you hide in your room
I´m so sorry to say
it only makes me laugh "
E a partir daí, nesse novo mundo, em que já não há contornos e em que as cores, embora escuras, se tornam mais claras, é sempre a abrir! E nesse novo mundo vê-se mesmo de tudo, do bom e do mau e quanto mais se espera mais se vê. E cheira-se de tudo.
E entre cervejas e aguinha, entre saltos e corridas, entre mac e sandes, entre os diferentes palcos e espaços daquele mundo, o tempo vai passando, a correr, como aquele que se dá conta de que está a perder o inicio de soulfly, e como o vento que insiste em tornar tudo mais igual.
23.13h
Obrigada. Palavra espanhola, a única conhecida por sinal.
Os pontos reunidos, um pouco mais abaixo, gritam, por seu turno, a única que lhes ocorre:
"Portugal".
E tudo segue...o vento acalma mas não se esquece de nos envolver. E korn vem...e vai...e com isso expulsa todos daquele mundo.
Até amanhã.
17.00h
Desta vez não chegam sequer a formar-se os contornos. Mas são mais, muitos mais, o dobro ou mais ainda. Os pontos movimentam-se rapidamente, quase que obrigados a correr. Sem esconderijos secretos, apenas disfarçados.
Com menos um companheiro, o sol torna-se insuportavel. Não há tons de castanho a igualarnos, o ventos cansou-se e desistiu. Não há "poeiras" restam-nos os bichos.
18.00h
O lugar vazio nas tábuas principais dão lugar aos Primitive Reason, o ambiente torna-se melhor.
E entre cervejas e aguinhas, entre saltos e corridas, entre mac e sandes, entre pedras e caminhos por entre rios (que nos levam a outros mundos)entre os diferentes palcos e espaços daquele mundo o tempo vai passando a correr, tal como muitos dos pontos presentes quando o relógio marca 19.00h. É a primeira hora do dia!
Olá Portugal. Estamos muito contentes estar aqui hoje. Thank you, Obrigada.
Primeiro um, com muito jeitinho, depois o outro. Com os dois no ar, um exercicio repetido de junta e afasta que se transforma num som brilhante misturado com assobios entusiasmados. É o "obrigada por terem vindo" possivel nesta altura. Sem vento, sem espaço, com sol, suor, calor, fumo e a emoção conjunta de mais uns segundos, 4500 segundos para ser precisa, de algo magnifico.
Sem ar. Parece não haver mais ar disponivel. Os pontos dispersam.
Sentados relembram-se de outras vidas, outros concertos num mundo em tudo semelhante.
"The piercing radiant moon,
The storming of poor June,
The storming of poor June,
All the life running through her hair."
21.00h
"-Pessoal vai começar..."
A correria, mesmo sem a ajuda do vento instala-se
"-...eu vou lá para a frente."
"-Eu também."
Deftones brinda-nos à medida em que as vozes já não são vozes mas ruidos - o estomago aperta.
Resta-nos sentar e cala-lo.
23.23h
Passam 38 minutos do inicio e o som é em tudo diferente do anterior.
I was never faithful
And I was never one to trust
Borderline bipolar
Forever biting on your nuts
I was never grateful
That's why I spend my days alone
I'm forever black-eyed
A product of a broken home (Broken home)
Ora sentados, ora em pé os pontos oscilam entre momentos quietos ou de eternos movimentos.
A noite vai longa e podemos gritar quando a Ferramenta mais esperada nos presenteia não com uma imagem não muito nitida, mas com uma voz conhecida mas simultaneamente "nova", melhor do que a dos discos e afins por aí disponiveis.
I,
choose to live and to,
grow,
take and give and to,
move,
learn and love and to,
cry,
kill and die and to,
be,
paranoid and to,
lie,
hate and fear and to,
do,
what it takes to move through.
I choose to live and to,
lie,
kill and give and to,
die,
learn and love and to,
do,
what it takes to step through.
See my shadow changing,
stretching up and over me
soften this old armor.
Hoping I can clear the way by
stepping through my shadow,
coming out the other side.
Step into the shadow.
Forty six and two
are just ahead of me.
A minha cabeça foi mais um entre muitos pontos. Preto. Um ponto que não ficou muito mais do que 20 minutos para além disto, com muita pena. Foi-se movento lentamente de regresso ao mundo de origem.
Lá dentro ficam histórias de todos os géneros para contar. Cá fora também.
Foi a PDL!
Para o ano há mais. [talvez sem este ponto...]
Uma frequencia já lá vai...preciso de 13...
agora aproxima-se outra, e depois outra, e outra e mais outra e... agora vou estudar.
*KISSES*
[Parabéns à Joana Santos pela jornalista maravilhosa que é!]
[Parabéns à Xana por estes 1095 dias =)***************************** ]
[Parabéns à Inês (espero não me ter enganado)por este aninho de vida e por se mostrar, logo à nasceça, uma menina com optimos gostos musicais!]
2 comentários:
Loli, a forma que arranjas para contar as coisas é brilhante.
Sim é Ines.
Parabens a mim por conseguir estar há um mês sem o meu mais que tudo... enfim.
\m/
; )
E vais ver que a frequência te corre bem!
Até amanhã no nosso querido ISCSP.
*
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