quarta-feira, junho 28, 2006

Trust

-Confia em mim...
Olhei-te a medo.
- Confio mas...
-Não há mas, alguma vez te dei motivos para não confiares?
-Nunca...
-Então?
-Nunca deste mas....conhecemo-nos há seis horas...
-E então, este é um optimo momento para veres que podes confiar em mim!
Olhei-te nos olhos, esses olhos que sabia profundos e seguros de si, segui-te o sorriso e deixei-me ir. Deixei-me levar com o teu corpo, segui-o, fechei os olhos e segui-o. Tudo correu bem, ninguém saíra magoado, e estava mais segura de mim, mas confiante em ti... de seguida, deixaste-me ir, primeiro desperta e sem medos e depois sozinha, novamente com medos. Deixaste-me ir aos poucos como sempre fazes.
Soube desde o inicio que seria assim, pediste-me para confiar e eu confiei, nunca me falhaste, e nunca me perdeste de vista, simplesmente deixaste-me ir, devagarinho, e afastaste-te como se isso fosse o melhor. Sei que continuas aí se precisar, sei que continuas a seguir-me com esses olhos que não esqueço...Também eu te deixei ir, tive de deixar, mas deixei de repente como sempre soube que seria, continuo a seguir-te mas de longe, sei que se for preciso virás ter comigo...
Os meus braços continuam a lutar. Quando os baixo não páro de lutar, apenas descanso, como me ensinaste. Continuo a respirar antes de mergulhar numa luta, continuo a faze-lo tão bem de olhos fechados como de olhos abertos, porque hoje sei que o que interessa é o que sentimos e o que pensamos, e sei que só isso pode fazer-me ganhar uma luta...
Ainda sinto as tuas mãos a segurarem as minhas contra o machado tal e qual quando "aprendi" (como se estas coisas se aprendessem) a confiar em ti, mas sei que já não existe nada disso, apenas a confiança, mas se calhar isso foi a única coisa que sempre existiu...se calhar, é por isso que me deixaste ir aos poucos e te afastaste...o espaço que existia entre nós não era, já, suficientemente grande para a confiança que tinhamos(e temos) um no outro, a nossa confiança precisava de mais espaço. Nós precisavamos de mais espaço, para que os nossos olhos não se vissem mais, para que nossos sorrisos sorrissem outras vidas...
É isso, foi tudo uma questão de espaço. Deixaste-me ir e afastaste-te, não te julgo por isso. Ainda sinto a tua falta, mas ainda sinto a tua presença. Sei que foi melhor assim só não entendo porquê.
Sempre confiei em ti, e aqui não há excepções!

[Nota: este texto foi escrito há quase um ano, não me lembro quais as circunstancias em que o escrevi, mas sei que hoje não tem nenhum significado especial. Não tem mesmo.]

Planeamento, planeamento, planeamento, planeamento, planeamento ... planeamento, planeamento, planeamento, planeamento, planeamento...

Kiss*

3 comentários:

B. disse...

Belo texto! Gostei.. :>

Ana Garcia disse...

Muito, muito giro o textinho!!!! Se tu dizes Planeamento, eu (e a Dalila, decerto) dizemos: Sistema dos Media, Sistema dos Media, Sistema dos Media, Sistema dos Media, Sistema dos Media!!! :S
***

Jay Dee disse...

sistema dos Media Sistema dos Media Sistema dos Media lol
Esse talentozinho aí escondido dá cabo de mim (por ser tão bom, entenda-se).
Vê se descobres como se fazem blogs conjuntos!