Seguia os passos em silêncio. Seguia porque, no fundo, sabia que não eram os seus passos, sabia que não era o que queria, sabia que não estavam de acordo com o que acreditava. Mas, apesar disso, seguia os passos e seguia porque acreditava que se o fizesse estariam mais proximos, ainda que a proximidade seja um conceito bastante relativo - como todos os conceitos.
Se seguisse esses passos até ao fim sabia que terminaria tudo, sabia que começaria uma viagem sem regresso em direcção a algo desconhecido. Mas afinal não é nisso que consistem todas as viagens, em passaportes para o desconhecido e sem regresso possivel?
sábado, janeiro 27, 2007
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