sábado, janeiro 27, 2007

passeando

Seguia os passos em silêncio. Seguia porque, no fundo, sabia que não eram os seus passos, sabia que não era o que queria, sabia que não estavam de acordo com o que acreditava. Mas, apesar disso, seguia os passos e seguia porque acreditava que se o fizesse estariam mais proximos, ainda que a proximidade seja um conceito bastante relativo - como todos os conceitos.
Se seguisse esses passos até ao fim sabia que terminaria tudo, sabia que começaria uma viagem sem regresso em direcção a algo desconhecido. Mas afinal não é nisso que consistem todas as viagens, em passaportes para o desconhecido e sem regresso possivel?

3 comentários:

Jay Dee disse...

o fernando pessoa anda a inspirar te

Jay Dee disse...

nop, é pima francesa quando estiveram cá no verao=)

teresa disse...

bem.. uma coisa é certa: nunca voltamos iguais:) por isso.. concordo contigo quando dizes
"passaportes para o desconhecido e sem regresso possível?".

e claro, o texto é bom:)

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tudo bem amiga da dalila?? :D