Na televisão perguntam “Acha que o aumento do número de partidos de extrema-direita é um risco para o pais?”. Sim. Acho que sim. Tal como acho que os partidos de extrema-esquerda o são. Não esqueço todos os crimes, praticados por partidos de extrema-direita e de extrema-esquerda, que estudei. Não esqueço os milhares de pessoas que foram perseguidas, torturadas e mortas, por partidos extremistas, por terem uma raça, uma origem, uma etnia ou crença religiosa diferente.
Acredito que “tudo o que é de mais faz mal”, neste caso, acredito que tudo o que seja de extremos é mau.
Falam de “nacionalismo”. Qual nacionalismo? Se esses senhores soubessem devidamente o que é o nacionalismo, se conhecessem realmente a doutrina nacionalista talvez não se afirmassem como tal. Nacionalistas? Não creio, creio que são, “apenas”, contra tudo o que “vem ou parece vir de fora”.
O comentador diz, e muito bem, que não vê nada de nacionalista (no caso português) em gostar de Hitler e usar cruzes suásticas. Eu também não.
Todos têm o direito de pensar e acreditar no que quiserem, sim, mas devem faze-lo consciente e sensatamente, e, descriminar um ser humano por este ser diferente de nós não é, no meu ponto de vista, algo sensato.
Falam em lugares como a cova, como a amadora...falem, têm razões para o fazer. Mas não me digam “ahh os pretos isto…”, e os brancos? São uns santos? Não reduzam os nossos problemas a uma questão de pele e de nacionalidade, porque se o querem fazer tenho más noticias:
- Segundo muitos estudos antropológicos descendemos todos de africanos;
- Muitos desses “pretos” de que falam são portugueses.
Sim eu sei que temos problemas, e sim, sei que existem problemas graves e também sei que esses problemas são mais visíveis em algumas zonas e que envolvem, muitas vezes, camadas específicas da população. Mas por que é que só falamos de raças, cores, etnias? Por que é que não falamos no resto? Na pobreza, na desigualdade, nas assimetrias, no resto. E não estou a ser utópica, sei que nem todos os problemas derivam daqui, mas também sei que muitos derivam, efectivamente, destes “problemas base”.
Cada um é livre de defender o que quiser, de pensar o que quiser, mas:
Irrita-me que sejam extremistas.
Irrita-me que se chamem nacionalistas.
Irrita-me que reduzam os problemas a uma questão de pele.
Irrita-me que se esqueçam do passado e das condições envolventes.
Irrita-me que acreditem realmente nas coisas que às vezes dizem.
Irrita-me que se esqueçam princípios básicos.
Artigo 13º Constituição da República Portuguesa
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
Artigo 1 – Declaração Universal dos Direitos Humanos
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Nota – O que aqui deixo é uma mera opinião. Com tudo isto, esquecem-se, frequentemente, estes princípios. Sei que existem problemas e que envolvem mais uns do que outros, mas nunca ninguém apresentou um estudo que mostrasse uma relação directa entre criminalidade e determinada raça…se calhar a relação directa está mais entre condições de vida e criminalidade, mas isso é outra coisa.
Kissezão**
[As minhas tigres são as melhores!]
Acredito que “tudo o que é de mais faz mal”, neste caso, acredito que tudo o que seja de extremos é mau.
Falam de “nacionalismo”. Qual nacionalismo? Se esses senhores soubessem devidamente o que é o nacionalismo, se conhecessem realmente a doutrina nacionalista talvez não se afirmassem como tal. Nacionalistas? Não creio, creio que são, “apenas”, contra tudo o que “vem ou parece vir de fora”.
O comentador diz, e muito bem, que não vê nada de nacionalista (no caso português) em gostar de Hitler e usar cruzes suásticas. Eu também não.
Todos têm o direito de pensar e acreditar no que quiserem, sim, mas devem faze-lo consciente e sensatamente, e, descriminar um ser humano por este ser diferente de nós não é, no meu ponto de vista, algo sensato.
Falam em lugares como a cova, como a amadora...falem, têm razões para o fazer. Mas não me digam “ahh os pretos isto…”, e os brancos? São uns santos? Não reduzam os nossos problemas a uma questão de pele e de nacionalidade, porque se o querem fazer tenho más noticias:
- Segundo muitos estudos antropológicos descendemos todos de africanos;
- Muitos desses “pretos” de que falam são portugueses.
Sim eu sei que temos problemas, e sim, sei que existem problemas graves e também sei que esses problemas são mais visíveis em algumas zonas e que envolvem, muitas vezes, camadas específicas da população. Mas por que é que só falamos de raças, cores, etnias? Por que é que não falamos no resto? Na pobreza, na desigualdade, nas assimetrias, no resto. E não estou a ser utópica, sei que nem todos os problemas derivam daqui, mas também sei que muitos derivam, efectivamente, destes “problemas base”.
Cada um é livre de defender o que quiser, de pensar o que quiser, mas:
Irrita-me que sejam extremistas.
Irrita-me que se chamem nacionalistas.
Irrita-me que reduzam os problemas a uma questão de pele.
Irrita-me que se esqueçam do passado e das condições envolventes.
Irrita-me que acreditem realmente nas coisas que às vezes dizem.
Irrita-me que se esqueçam princípios básicos.
Artigo 13º Constituição da República Portuguesa
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
Artigo 1 – Declaração Universal dos Direitos Humanos
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Nota – O que aqui deixo é uma mera opinião. Com tudo isto, esquecem-se, frequentemente, estes princípios. Sei que existem problemas e que envolvem mais uns do que outros, mas nunca ninguém apresentou um estudo que mostrasse uma relação directa entre criminalidade e determinada raça…se calhar a relação directa está mais entre condições de vida e criminalidade, mas isso é outra coisa.
Kissezão**
[As minhas tigres são as melhores!]
2 comentários:
Com este discurso? a melhor és tu!
Ouve-se muito falar de extremistas nestes últimos dias.... Assusta-me a visão dessa gente, em pleno século XXI condenam uma diversidade cultural que já se tornou inevitável e, ouso dizer, saudável. Assuta-me ver que há muuuuita gente que pensa assim, não são tão poucos como aquilo que eu imaginava....
E continuo a dizer o que já disse no meu blog: "eles clamam por uma Europa branca. Eu clamo por um bilhete de avião só de ida"
beijinhos
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